
Saimos.
Finalmente a sensação da estrada chegou.
Deixar Londrina não é ruim visto o que me aguarda é muito mais instigante do que qualquer memória.
Dirigimos o dia todo e não paramos momento algum para comer.
Me empanturrei dessas bolachas social club. O primeiro pacote ok, mas quando se chega ao quinto causa certo enjôo.
A vontade de chegar logo é tanta que não nos incomodamos com a fome.
So estrada, estrada, estrada.
Resolvemos descer pela Serra de Paranapiacaba. Que escolha sábia.
Quanto verde, quanto cheiro de mato, estrada de terra. E em certas curvas vinhedos sem fim e um cheiro macio de uvas que invadia o carro.
Revezamos o volante e a direção quando me pertencia fazia com que esquecesse todas as coisas não resolvidas ou as duvidas ainda existentes. Fui largando tudo La pra trás ao som de um rockezinho, ora eletro, algo moderninho pra no fundo no fundo me reconhecer em referencias não reconhecidas.
É engraádo como as coisas se tornam pequenas na estrada.
A chegada a Iguape foi linda. Em um final de tarde atravessamos a balsa e ao chegar em um vilarejo tive uma imagem de algo escondido do mundo, o mundo frenético de Sampa ou mesmo Londrina. A cidadezinha é pequena, uma vila, as ruas são de grama, e o mar 2 quadras da casa.
Tomei banho de lua, nu, eu e Fiorela. Ainda me entrego ao escuro, mas com essas pessoas sinto que a claridade chegara mais rápido do que imagino.